quarta-feira, 27 de julho de 2011

As distrações na oração

O Papa João Paulo II, na carta "No início do novo milênio", convida toda a Igreja a tomar consciência de que não pode existir experiência de Deus, nem apostolado autêntico, nem amor fraterno, nem uma humanidade unida na construção da civilização do amor sem a oração.


Para que possamos fazer algo bom dentro e fora de nós, para que possamos produzir frutos abundantes na videira que é Cristo, precisamos entrar na plena comunhão com Ele. Repetimos várias vezes que a oração não é uma imposição, uma lei que nos obriga e escraviza, mas uma necessidade, uma urgência do coração que, sentindo-se solitário, exilado, incompreendido, busca ansiosamente um amigo que o possa amar e escutar. Na oração, Deus e o homem se amam reciprocamente, e um fica feliz de se contemplar no outro. Deus se contempla no homem criado à sua imagem e semelhança, e o homem se contempla em Deus, vendo a que é chamado a ser.


A oração nos liberta de todos os nós, permite-nos levantar vôo. Santa Teresa de Ávila diz que somos chamados, como a pombinha branca, a alçar vôo para Deus, a entrar, vencendo todos os obstáculos, no castelo interior; e a porta pela qual entramos neste castelo é a oração.


Quando nos decidimos a rezar é porque nos encontramos em dificuldades e não sabemos como sair delas sozinhos, ou estamos tomados por uma alegria tão grande que não podemos fazer outra coisa senão gritar aos sete ventos: "Obrigado, Senhor". É algo maior do que nós. Os indiferentes, os insensíveis, os que se sentem bem com o "rastejar" e não desejam voar e ultrapassar o azul do céu para estar com o Senhor, nunca serão grandes orantes.


Mas, se rezar é tão bom - como dizem os místicos, os santos, os homens e mulheres que gastaram a vida toda procurando o rosto do Amado -, por que para nós há momentos em que a oração se faz difícil? Quais são as dificuldades maiores que encontramos na oração e como superá-las? Para vencer as dificuldades é necessário, antes de mais nada, ter muita confiança em Deus e pouca em nós. É ter consciência de que o Senhor nos dará a alegria de estar com Ele. Ele, como Pai amoroso, alegra-se quando nos vê lutando contra os inimigos que nos impedem de amá-lo e adorá-lo.


Este texto é de autoria de Frei Patrício Sciadini, OGC e pertence ao arquivo de formações da Comunidade Católica Shalom, é apenas parte da formação mais recente postada neste blog. Para ler na íntegra clique na página formações.

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