Na sequência Jesus vem nos dizer que melhor do que isso é a recompensa no dia da ressurreição dos justos, adquirida quando o “bem“ é feito em favor daqueles que não tem as mesmas oportunidades, quando exercitamos a caridade para com o próximo e dividimos o que para nós é mais do que o suficiente com aqueles a quem falta até o fundamental. Muitas vezes incorremos no risco de pensar que isso se refere apenas a valores materiais, mas, mais excludente do que a falta de recursos materiais é a falta de humanidade, não são poucas as vezes em que nossa maior necessidade transcende o material. Muitas pessoas sofrem por não terem com quem partilhar o seu dia, suas experiências, dificuldades. Às vezes é o nosso vizinho de bancada na igreja que nós nem sequer olhamos, a não ser no momento da paz, onde abrimos aquele sorriso e desejamos a paz, a mesma paz que minutos antes não soubemos demonstrar quando chegamos na igreja e sentamos meio que empurrando para conseguir mais espaço na bancada.
Que bacana é quando nos atentamos para essa verdade, quando percebemos que nossa realização pessoal, que nosso bem estar depende não apenas de nós nem daquilo que conquistamos com tanto esforço, mas que depende também daqueles que convivem conosco e mais, daqueles que vivem no mesmo mundo que nós. Um álbum de uma amiga no facebook trás a seguinte descrição: Ninguém pode ser feliz sozinho, isso é uma grande verdade, uma sociedade ferida pelo individualismo gera um mundo cada vez mais egoísta, onde todos buscam apenas se satisfazer, não importa se estamos oprimindo ou diminuindo as oportunidades dos outros. A refeição citada por Jesus é, portanto, todo o tipo de alimento que necessitamos para viver, aquele que fortalece o nosso corpo humano, mas, também o que fortalece a nossa alma.
É nosso papel enquanto igreja e discípulos missionários de Jesus Cristo alimentar qualquer que seja a necessidade do irmão e Ele, o Justo, saberá nos dar a maior de todas as recompensas, a vida eterna.
O Shalom do Pai.
Glauber Fernandes
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