Um dos aspectos que mais me chamam a atenção dentro da Igreja Católica é -sem dúvida- a diversidade de carismas que nela existe. É impressionante como a ação do Espírito Santo é capaz de suscitar nos diversos movimentos da Igreja peculiares formas de vivenciar a Fé. Jesus ao fundar a sua Igreja e a entregá-la sob a direção de Pedro (Mt 16,18) derramou de forma permanente diversos dons e virtudes. Por isso, a Igreja - ao longo dos séculos - acolhe, desenvolve e corrige (quando há algum desvio em sua vivência) todos os carismas confiados à Ela.
À luz desta verdade, o Concílio Vaticano II proclama a Igreja como Sacramento Universal da Salvação, na qual se encontram todos os subsídios necessários para alcançar a bem-aventurança da Vida Eterna. Nesta perspectiva, cabe salientar que todos os movimentos têm igual relevância dentro da Missão universal da Igreja, haja vista que eles foram produzidos pela atuação do Espírito Santo no seio da Igreja. Desprezar algum movimento é desprezar esta atuação! Nenhum movimento é melhor que outro; nenhum movimento é mais católico que outro, desde que esteja em comunhão plena com o Magistério Universal do Santo Padre, dos Bispos (em cada igreja particular) e com os sacerdotes (em cada comunidade e paróquia).
Isto quer dizer que um Movimento eclesial deve existir para produzir frutos para a Igreja como um todo e para isso deve ser submisso ao olhar do Clero, como os primeiros discípulos foram submissos a Cristo. Movimentos que ferem a hierarquia católica e desobedecem aos dogmas previstos no Catecismo da Igreja ou pregados pelo Sucessor de Pedro e pelos demais ministros da Igreja ferem a vocação inicial para a qual o Espírito Santo ergueu tais movimentos.
Nesse ponto, não há exclusividade na espiritualidade: O Espírito Santo sopra onde quer e como quer! Não somos nós que decidimos onde a Unção de Deus está, mas sabemos identificar a sua presença nos movimentos eclesiais que produzem frutos para todo o povo de Deus.
Esta é a riqueza da Igreja: a sua diversidade de carismas, todos centrados na pessoa de Jesus Cristo. A Igreja é um conjunto de movimentos, cada um com sua forma de viver a espiritualidade e de trabalhar na comunidade, mas todos a serviço do Senhor e de sua Igreja, respeitando os ensinamentos dos pastores. “Não podemos, por exemplo, dizer: “eu sou somente do Ministério de Música” ou “eu somente participo do ECC” ou “a única espiritualidade verdadeira é a do meu grupo de Oração” Não! Nós somos Católicos Apostólicos Romanos! Participamos da Igreja Católica! A verdadeira e absoluta espiritualidade é aquela que -em diferentes carismas- tem o seu ápice na Santa Missa!
Somos uma família, e família forte é família unida! E o melhor momento para celebrar esta unidade é a Santa Missa, o ponto de encontro e a fonte de abastecimento de todos os nossos movimentos!
Viva a Cristo! Viva a Igreja! Viva ao Papa e aos demais ministros da Igreja!
Shalom a todos e um Ruah permanente em nossas vidas!
Amém!
Luan Martins
Fundador e Coordenador Ministério de Música Ruah
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